Inter - Erros na bola aérea defensiva já tiraram sete pontos do Inter de Dorival

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Contra o Atlético-PR, os dois gols sofridos foram pelo alto

 

Inter de Bolívar passou sufoco no jogo aéreo - Alexandre Lops, Inter

 

Os dois gols de cabeça de Nieto, do Atlético-PR, neste domingo escancaram um preocupante defeito do Inter: a bola aérea defensiva. Dos 35 gols sofridos pelo time no Brasileirão, 12 foram de cabeça, mais de 30%. E Dorival Júnior não conseguiu estancar o problema. Dos 15 gols sofridos sob sua gestão no Brasileirão, seis aconteceram pelo alto. E o pior: sete pontos já foram pelo ralo dessa forma.

 

Esses pontos estão fazendo falta. Com eles, o Inter pularia para a terceira colocação, distante apenas três pontos do Vasco da Gama, atual líder. Além da derrota em Curitiba, a bola aérea já vitimou o Inter de Dorival diante de Santos (3 a 3) e Coritiba (1 a 1). Até na vitória sobre o lanterna América-MG a zaga também falhou por cima: os gols do adversário saíram por essa jogada no 4 a 2.

 

> No Brasileirão


Inter (total)

35 gols sofridos
12 gols de cabeça


Inter de Dorival
15 gols sofridos
6 gols de cabeça


Inter 3 x 3 Santos - 1 gol de cabeça
Inter 4x2 América-MG - 2 gols de cabeça
Inter 1x1 Coritiba - 1 gol de cabeça
Atlético-PR 2x0 Inter - 2 gols de cabeça


Apesar dos números alarmantes, Dorival minimizou a questão na entrevista coletiva após a derrota em Curitiba. Segundo o técnico, o bom posicionamento do centroavante atleticano foi decisivo.
— Foram gols com bola em movimento, o Nieto se posicionou bem. Eles tiveram a felicidade de acertar essas jogadas — avaliou.


Exímio cabeceador em seus tempos de atacante, o diretor executivo Fernandão lamentou as falhas justamente quando "a equipe estava bem". Faltou, na avaliação do dirigente, mais atenção à defesa no principal recurso do adversário, a bola pelo alto.


— Bola aérea é questão de posicionamento e tempo de bola. Eles sempre buscavam os cruzamentos para o Nieto concluir ou escorar para o Paulo Baier ou o Guerrón. A gente sentia que essa era a única jogada deles. Não tinha outra maneira de entrar na nossa defesa — ponderou.


Com as falhas de defesa, surgiram questionamentos sobre o futuro de Bolívar. O zagueiro e capitão do time estava afastado há seis rodadas devido um pedido do próprio jogador, que estava chateado com as críticas da torcida sobre o seu futebol. No segundo gol de Nieto, a bola encobriu Bolívar e encontrou o centroavante sozinho. Dorival voltou a defender o zagueiro, mas não garantiu a sua permanência para o próximo jogo:

— Vamos definir ao longo da semana. O Inter foi mais do que campeão com o Bolívar jogando.

 

> FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-PR 2
Renan Rocha; Edílson, Manoel, Fabrício e Paulinho (Marcinho, int.); Renan Foguinho (Fransergio, int.), Marcelo Oliveira, Cléber Santana e Paulo Baier;  Guerrón e Nieto
Técnico: Antônio Lopes

INTER 0
Muriel; Nei, Bolívar, Juan e Fabrício; Bolatti, Guiñazu (João Paulo, 24'/2°), Ricardo Goulart (Alex, 15'/2°), D'Alessandro e Oscar; Jô
Técnico: Dorival Júnior

Brasileirão – 27ª rodada – 2/10/2011
Gols:
Nieto (A), aos 14min e aos 38min do segundo tempo. Cartões amarelos: Guiñazu (I); Renan Foguinho e Guerrón (A).
Arbitragem: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP), auxiliado por Alessandro de Matos (Fifa/BA) e Emerson de Carvalho (Fifa/SP).
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR).


Próximos jogos:
09/10 - Inter x Vasco
13/10 - São Paulo x Inter
16/10 - Inter x Avaí

 

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Inter Clic Esportes

 

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Igor H. Mello (@_igormello)

@ClickSaoLeo

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