Contra o Atlético-PR, os dois gols sofridos foram pelo alto
Os dois gols de cabeça de Nieto, do Atlético-PR, neste domingo escancaram um preocupante defeito do Inter: a bola aérea defensiva. Dos 35 gols sofridos pelo time no Brasileirão, 12 foram de cabeça, mais de 30%. E Dorival Júnior não conseguiu estancar o problema. Dos 15 gols sofridos sob sua gestão no Brasileirão, seis aconteceram pelo alto. E o pior: sete pontos já foram pelo ralo dessa forma.
Esses pontos estão fazendo falta. Com eles, o Inter pularia para a terceira colocação, distante apenas três pontos do Vasco da Gama, atual líder. Além da derrota em Curitiba, a bola aérea já vitimou o Inter de Dorival diante de Santos (3 a 3) e Coritiba (1 a 1). Até na vitória sobre o lanterna América-MG a zaga também falhou por cima: os gols do adversário saíram por essa jogada no 4 a 2.
> No Brasileirão
Inter (total)
35 gols sofridos
12 gols de cabeça
Inter de Dorival
15 gols sofridos
6 gols de cabeça
Inter 3 x 3 Santos - 1 gol de cabeça
Inter 4x2 América-MG - 2 gols de cabeça
Inter 1x1 Coritiba - 1 gol de cabeça
Atlético-PR 2x0 Inter - 2 gols de cabeça
Apesar dos números alarmantes, Dorival minimizou a questão na entrevista coletiva após a derrota em Curitiba. Segundo o técnico, o bom posicionamento do centroavante atleticano foi decisivo.
— Foram gols com bola em movimento, o Nieto se posicionou bem. Eles tiveram a felicidade de acertar essas jogadas — avaliou.
Exímio cabeceador em seus tempos de atacante, o diretor executivo Fernandão lamentou as falhas justamente quando "a equipe estava bem". Faltou, na avaliação do dirigente, mais atenção à defesa no principal recurso do adversário, a bola pelo alto.
— Bola aérea é questão de posicionamento e tempo de bola. Eles sempre buscavam os cruzamentos para o Nieto concluir ou escorar para o Paulo Baier ou o Guerrón. A gente sentia que essa era a única jogada deles. Não tinha outra maneira de entrar na nossa defesa — ponderou.
Com as falhas de defesa, surgiram questionamentos sobre o futuro de Bolívar. O zagueiro e capitão do time estava afastado há seis rodadas devido um pedido do próprio jogador, que estava chateado com as críticas da torcida sobre o seu futebol. No segundo gol de Nieto, a bola encobriu Bolívar e encontrou o centroavante sozinho. Dorival voltou a defender o zagueiro, mas não garantiu a sua permanência para o próximo jogo:
— Vamos definir ao longo da semana. O Inter foi mais do que campeão com o Bolívar jogando.
> FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-PR 2
Renan Rocha; Edílson, Manoel, Fabrício e Paulinho (Marcinho, int.); Renan Foguinho (Fransergio, int.), Marcelo Oliveira, Cléber Santana e Paulo Baier; Guerrón e Nieto
Técnico: Antônio Lopes
INTER 0
Muriel; Nei, Bolívar, Juan e Fabrício; Bolatti, Guiñazu (João Paulo, 24'/2°), Ricardo Goulart (Alex, 15'/2°), D'Alessandro e Oscar; Jô
Técnico: Dorival Júnior
Brasileirão – 27ª rodada – 2/10/2011
Gols: Nieto (A), aos 14min e aos 38min do segundo tempo. Cartões amarelos: Guiñazu (I); Renan Foguinho e Guerrón (A).
Arbitragem: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP), auxiliado por Alessandro de Matos (Fifa/BA) e Emerson de Carvalho (Fifa/SP).
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
Próximos jogos:
09/10 - Inter x Vasco
13/10 - São Paulo x Inter
16/10 - Inter x Avaí
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Igor H. Mello (@_igormello)
@ClickSaoLeo
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