Uma verdadeira operação de guerra. É assim que pode ser resumido o trabalho que envolve várias equipes ininterruptamente desde as 22h de segunda-feira, quando o rompimento da peça da tubulação de captação de água da ETA 2 foi detectado. A peça tem o formato de um "Y", é feita em ferro fundido, possui 600 milímetros de diâmetro e seu peso é de mais de 1,2 tonelada. O buraco na peça, de aproximadamente 50 cm por 20 cm, causou a interrupção do abastecimento. Às 14h25 da tarde desta quarta-feira, mais de 40 horas depois de detectado o problema, os operários conseguiram soltar a peça da rede e içá-la com guindaste. A dificuldade de chegar ao local do problema, a quase oito metros de profundidade, e a caixa de concreto que teve que ser totalmente removida com martelete, foram os principais entraves encontrados pela equipes. Sem falar na grande quantidade de parafusos que afixam a peça à rede. "A complexidade da operação ficou ainda maior porque durante a última madrugada, devido à chuva, umidade e neblina, a visibilidade era muito reduzida, mesmo com o sistema de iluminação que colocamos", explica o diretor-geral do Semae, Luiz Antonio Castro. Além disso, é preciso ter todo o cuidado com os equipamentos e principalmente com a segurança dos trabalhadores envolvidos. Desde a detecção do problema, às 22h de segunda-feira, as equipes de engenharia, operação e manutenção não pararam.
Na tarde desta quarta-feira, a equipe contou com aproximadamente 50 pessoas e seis equipamentos pesados de construção, entre eles um guindaste, um trator de esteira e uma retroescavadeira. Foi necessária a retirada do cano de 400 milímetros que leva água à ETA 1, que abastece o Centro e arredores, para conseguir colocar a peça nova nos canos da ETA 2. "Por volta das 21h o conserto na ETA 1 deve estar concluído. A previsão é de que o encanamento da ETA 2 esteja consertado até a meia-noite, quando deve reiniciar o bombeamento". Castro explica que durante a quinta-feira o serviço de abastecimento deve estar normalizado e o nível nos reservatórios deve estar normal na sexta-feira.
Detalhes - Castro conta que o "Y" não existe no mercado. "É uma peça feita sob medida, que está na rede há 31 anos". A unidade de reposição foi cedida pela Corsan. Ele acrescenta que a empresa Higra de São Leopoldo cedeu uma bomba anfíbia para a retirada de grandes volumes de água do buraco, caso chova e o conserto ainda não esteja concluído. Também destacou a solidariedade da Comusa e do Dmae, que cederam caminhões-pipas para abastecer a rede pública de saúde, Escolas de Educação Infantil (EMEis) e o Hospital Centenário. Ao todo, cinco caminhões-pipa (três do Semae, sendo dois contratados, um da Comusa e um do Dmae) estão atuando no município. "Estamos tendo todo o apoio inclusive do Consórcio Pró-Sinos. Este é um mega processo de manutenção e está tendo repercussão em todo o país. Agradecemos a todos os que estão colaborando e prestando sua solidariedade", completa Castro.
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Via Portal SEMAE
Marco Mallmann - Jornalista - MTb 8368
Colaborou: Vanessa Bueno - Jornalista - MTb 11299
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Evelise Schenatto (@eveschenatto)
@ClickSaoLeo
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