Hatch compacto parte de R$ 24,5 mil e ganha versão Sport 1.6.
Novidades no design e melhorias internas são discretas.
Discreto. Assim pode ser classificado o Ford Ka 2012, que chega às concessionárias em agosto com poucas novidades no design, melhorias no acabamento interno e nenhuma modificação mecânica de impacto. As principais atrações do hatch que continua sendo ofertado apenas na configuração duas portas – algo que a própria montadora reconhece ser um limitador de mercado para o carro – são o preço da opção de entrada, que agora parte de R$ 24,5 mil, e o advento da configuração Sport, única equipada com motor 1.6 Flex.
O G1 avaliou o Ka nas versões Pulse – topo de linha entre as equipadas com bloco 1.0 – e Sport 1.6 pelas ruas e avenidas de São Paulo. E o trajeto comprovou que a dinâmica do compacto não mudou em nada.
Com 72 cavalos de potência a 6.000 rpm e 9,2 mkgf de torque a 4.750 rpm quando abastecido com álcool, o motor 1.0 Flex vai bem na cidade. As acelerações e retomadas são satisfatórias para a proposta do veículo de apenas 936 quilos. Em termos de desempenho, o hatch vai de 0 a 100 km/h em 14,8 segundos e a velocidade máxima é de 162 km/h. Os índices de consumo, de acordo com a marca, são de 10,2 km/l (álcool) e 15,2 km/l (gasolina).
A transmissão manual de cinco velocidades tem engates curtos, precisos e consegue extrair boas respostas do bloco. O silêncio no interior do habitáculo também agrada. A manobrabilidade do Ka é honesta. Nas curvas, o comportamento é previsível em virtude da suspensão firme e bem calibrada.
A ergonomia, no entanto, deixa a desejar. Mesmo a versão topo de linha, que traz ar-condicionado, direção hidráulica, rodas de liga leve de 14 polegadas, travas e vidros elétricos, não disponibiliza ajuste de altura e profundidade da coluna de direção. O banco também não tem regulagem de altura, o que acaba por prejudicar a visibilidade dos condutores de menor estatura.
Acabamento e espaço
O interior do Ka 2012 tem novos revestimentos para os bancos e painel das portas, nada, porém, que salte aos olhos. As peças plásticas estão presentes em boa parte do painel central e console. Os encaixes são precisos, mas algumas peças apresentam pequenas rebarbas. Destaque para o painel de instrumentos com novo grafismo – e iluminação – e o console central que traz dois porta-copos.
Com apenas 3,83 metros de comprimento (2,45 metros de distância entre os eixos), o Ka não é um carro para uma família de ‘grandalhões’. Quem viaja no banco traseiro pode sofrer com os joelhos caso o motorista tenha pouco mais de 1,80 metro de altura.
Sport
Com visual mais arrojado que o Ka ‘comum’ – que ganhou novos para-choques (dianteiro e traseiro) e configuração dos faróis -, o Sport oferece a mais rodas de liga leve de 15 polegadas escurecidas, spoiler dianteiro, ‘saias’ laterais e aerofólio traseiro. Juntamente com as faixas duplas que percorrem o capô, o teto e a tampa do porta-malas (inspiradas no Ford Mustang), o design do ‘pseudodesportivo’ agrada. Oferecido em cinco cores, destaque para o laranja Ibiza.
“A preocupação era dar apenas uma roupagem mais esportiva ao Ka. E acho que conseguimos”, avalia João Marcos Ramos, chefe de designer da Ford.
Internamente, as diferenças do Sport para as demais versões são pequenas. O grafismo do painel é diferenciado e os bancos têm uma pegada mais esportiva estilo ‘concha’ – longe, porém, dos bancos dos ‘bólidos’ de competição ou dos superesportivos. O G1 avaliou a versão equipada com airbag, opcional que custa R$ 1.000.
Além do desenho, o motor é outra atração do Ka. O bloco 1.6 de 107 cavalos de potência a 5.500 rpm e torque máximo de 15,2 mkgf a 4.250 rpm torna a condução divertida, já que a relação peso potência é de 9 kg/cv. Assim, o hatch da Ford manteve seu estilo ‘kart’ de condução. A velocidade máxima é de 181 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 11,2 segundos. O consumo é de 9,8 km/l (álcool) e 13,8 km/l (gasolina), segundo dados da montadora.
Perfil do cliente
O perfil do comprador do Ford Ka é bem diversificado. De acordo com Eduardo Basso, gerente de marketing de produto, 52% dos compradores deste veículo são mulheres (48% homens), 50% tem o terceiro grau de escolaridade completo e 48% tem menos de 35 anos. Um dado interessante é que 75% dos clientes financiam a compra.
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Fonte: G1
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Igor Henrique Mello (@_igormello)
@ClickSaoLeo
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