Operações resultaram em pelo menos 14 prisões no bairro nos últimos dias.
Têm chamado atenção as operações contra o narcotráfico desencadeadas no bairro Vicentina desde a semana passada. Em diferentes investidas, as operações Anjos da Lei e Reconquista 6 detiveram pelo menos 14 pessoas no bairro. Na última operação, a Reconquista 6, na terça-feira, foram dez presos, de acordo com o delegado que coordenou a ação, Alencar Carraro, da 3.ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo.
As autoridades atribuem o sucesso das operações à grande quantidade de informações obtidas na comunidade, que, no entanto, permanece sob a sensação da insegurança. Mas a promessa, segundo a polícia, é de mais operações.
O trabalho do Gabinete de Gestão Integrada, que reúne as autoridades de segurança em uma espécie de força-tarefa, foi destacado por Polícia Civil, Brigada Militar e Prefeitura para explicar as operações.“ Trabalhamos com base em estatísticas e denúncias. Quando há colaboração da população, é mais fácil”, afirma o delegado. “Estamos trabalhando em parceria com o Município”, diz Llantada, sobre o Gabinete de Gestão Integrada (GGI).
“O GGI obteve um diagnóstico muito preciso da criminalidade em São Leopoldo. Os resultados da diminuição da violência na cidade são fruto também desta integração com todos que fazem parte do GGI, da qualificação e dos trabalhos sociais”, completa o prefeito Ary Vanazzi.
Tráfico estava crescendo no bairro
As prisões ocorreram, segundo as polícias Civil e Militar, porque havia informações indicando que a atividade de traficantes estaria se intensificando no bairro Vicentina. “Estamos atacando as áreas com suspeita de que hajam traficantes agindo de maneira mais ativa”, afirma o diretor da 3.ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, Bolívar Llantada.
“Foi detectado pelo aparato de inteligência que estaria ocorrendo naquela área uma ação mais acentuada de elementos ligados ao tráfico. A Vicentina, pela sua posição geográfica, tem muitas rotas para a chegada de material que abastece o tráfico”, destaca o comandante do 25.º Batalhão de Polícia Militar de São Leopoldo, major Paulo Sérgio Nascimento Silveira. “Agimos antes que se consolidasse.”
Impunidade no caminho da paz
Entre os moradores, a sensação, mesmo após as prisões, é de insegurança. Para muitos, outros criminosos tomam rapidamente o lugar dos que foram presos e o clima de medo segue o mesmo no bairro.
O próprio prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, reclama da rapidez com que os criminosos voltam às ruas impunes. “Os criminosos são presos, mas dias depois estão soltos novamente”, afirma Vanazzi. “A polícia prende, mas ficam muitos bandidos aqui fora. Eles ocupam o lugar dos outros”, diz a dona de casa Cleni Elias da Silva, 50.
Eduardo Kopp/Da Redação
Diário de Canoas
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Pedro H. Tesch
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