São Leopoldo - Grupo preso é suspeito de desviar mercadorias há três meses de empresa.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um menor de 17 anos, que faria parte do esquema de desvio, também foi apreendido pela Polícia.

 

São Leopoldo - Seis funcionários que atuavam como motoristas e entregadores de uma distribuidora de brinquedos localizada nas imediações da Rua Jaci Porto, na Vila Paim, no bairro São Miguel, em São Leopoldo, foram presos entre a tarde e a noite de segunda-feira e autuados em flagrante pelos crimes de receptação dolosa e formação de quadrilha. O grupo, de acordo com o titular da 1.ª Delegacia de Polícia leopoldense, delegado Clóvis Fernando Loureiro, é suspeito de desviar uma série de mercadorias do depósito da empresa há pelo menos três meses. O valor aproximado dos produtos recuperados em casas localizadas nos municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul está estimado entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. Um menor de 17 anos, que faria parte do esquema de desvio, também foi apreendido pela Polícia. O adolescente deverá responder um Procedimento de Ato Infracional (PAI) pelos mesmos delitos. Ele foi entregue aos responsáveis.


ESTOQUE DA EMPRESA
De acordo o delegado e o comissário chefe da equipe de investigação, Sérgio Sá, a vítima teria procurado a Polícia e relatado sobre a suspeita que recaía contra os funcionários, por ter dado falta de uma série de produtos no estoque da empresa. "Após o registro da ocorrência, procuramos um dos suspeitos que nos contou como o esquema funcionava. Todo o material apreendido foi encontrado nas residências dos autuados’’, explica o comissário, completando que o esquema era montado e executado por todos os envolvidos. "No momento em que o caminhão era abastecido para sair com as entregas, eles colocavam mercadorias a mais. Em um determinado local eles descarregavam o material e, posterior, faziam a partilha entre eles", conta Sá.


"Não houve arrombamento no depósito"
O proprietário da distribuidora, o empresário Leandro Klein, 41 anos, diz que percebeu o desaparecimento do mercadorias em função do sistema de controle de estoque. "Comecei a suspeitar dos funcionários porque os brinquedos estavam sumindo e não havia nenhum sinal de arrombamento’’, disse, comentando que dois dos presos trabalhavam no local há mais de um ano e o restante há um pouco menos de 12 meses. "É horrível não saber em quem se pode confiar. É lastimável.’’ A partir de agora o empresário garante que terá mais cuidado ao fazer as contratações. "Estamos mudando todo o sistema da empresa. Colocando rastreadores nos caminhões, câmeras de vigilância dentro do depósito e contratando vigilantes armados’’, explica Klein, que recebe mercadorias de 17 lojas da região metropolitana.


Operação batizada de Toy Story
Clóvis Loureiro, que batizou a operação de Toy Story, acredita que parte dos produtos retirados de depósito já tenham sido repassados ou comercializados. "Eles (os suspeitos) depositavam os brinquedos em suas casas e a partir dali negociavam com vendedores ambulantes por um preço bem abaixo do valor de mercado. É possível que o valor real do crime seja o triplo do estimado.’’ O delegado ainda frisa que os produtos eram desviados no caminhão da própria empresa. "Investigações subsequentes deverão trazer à tona outras pessoas que possam estar por trás do esquema, bem como aquelas que adquiriram as mercadorias desviadas", conclui o delegado. Ontem pela manhã os suspeitos foram encaminhados à Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas.

 

Fernanda Bassôa - Diário de Canoas

 

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Pedro H. Tesch
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