Esporte - Inter, dividido, debate Beira-Rio na Copa. Definição depois do carnaval.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Conselho Deliberativo conhece propostas de reforma no estádio e vê antigos aliados em lados opostos.

 

Dos 344 colorados que formam o Conselho Deliberativo do Inter, 243 foram ao Beira-Rio na noite desta quarta-feira para um encontro decisivo. Eles conheceram as três propostas de reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. A reunião aconteceu em portas fechadas, mas os relatos dos conselheiros indicam que foi uma discussão quente, por vezes tensa, e que colocou em lados opostos antigos aliados no clube. A definição sobre o futuro das obras, porém, ficou para depois do carnaval – a previsão é de que seja apenas no dia 14 de março.

 

Foto Eduardo Cecconi

 

Está em questão se o Inter manterá o projeto inicial, que defende o uso exclusivamente de recursos próprios, ou se fará parceria com uma empreiteira, a Andrade Gutierrez. Há uma terceira alternativa, com a sugestão de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas é uma possibilidade menos provável. O antagonismo das propostas também deixa de lado antigos aliados. Vitório Piffero, ex-presidente do Inter, defende a proposta inicial. Giovanni Luigi, atual mandatário do clube, prega a parceria com a empreiteira. E Piffero apoiou Luigi nas eleições do final do ano passado.

 

A exposição começou com os integrantes da atual diretoria. Giovanni Luigi e o gerente-executivo do clube, Aod Cunha, expuseram aquilo que consideram vantagens para uma parceria com a Andrade Gutierrez. Depois, foi a vez de Piffero colocar suas ideias. A explanação do ex-presidente incomodou conselheiros do clube. Eles alegaram que isso não estava na pauta.

 

Segundo a Rádio Gaúcha, ao começar sua exposição, Piffero disse que estava decepcionado por ver o outro grupo apresentar muitos conceitos e poucos números. Usando recursos gráficos, o ex-presidente sustentou que é viável, financeiramente, o modelo que utiliza apenas recursos do clube.

Porém, a própria Fifa se mostrou desconfortável com o projeto inicial. E o Beira-Rio passou até a correr riscos de ficar sem a Copa. A tendência é de que tudo se encaminhe para a aprovação da parceria com a empreiteira, porque a diretoria tem maioria no Conselho. Luigi acredita que serão necessárias mais reuniões para não ficar dúvidas sobre o projeto.

 

O primeiro modelo, sem parcerias, estava orçado em R$ 150 milhões. O segundo alcança cifras de R$ 253 milhões, com futura divisão de lucros entre o clube e a Andrade Gutierrez. Enquanto isso, o Beira-Rio está em obras para a Copa de 2014, inclusive com parte das arquibancadas demolidas.

 

Globo.com

 

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Pedro H. Tesch
@phtesch
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