“O Homem Vitruviano”, de Leonardo Da Vinci, foi recriado pelo artista John Quigley, no Oceano Ártico, a pedido da organização ambiental Greenpeace. Embora o trabalho tenha sido executado dia 29 de agosto, o resultado só foi apresentado ontem. A intenção é uma só: chamar a atenção para o derretimento do Ártico e a necessidade de uma decisão dos líderes mundiais quanto a estabelecer medidas urgentes para conter o aquecimento global.
A manifestação ocorre quase que simultaneamente à divulgação de que a quantidade de gelo que cobre o Ártico caiu no verão boreal de 2010 ao mínimo já registrado. Os resultados do estudo serão publicados oficialmente em breve e sugerem que o afinamento do gelo superou a recuperação na área.
O estudo estimou que a cobertura de gelo no Ártico em 2010 – calculada com base na sua espessura e extensão – foi inferior ao recorde negativo anterior, em 2007, refletindo a tendência global de aquecimento.
Não é só isso. Os cientistas preveem que o Ártico pode ficar totalmente sem gelo durante o verão daqui a algumas décadas. Isso criaria oportunidades lucrativas em áreas como navegação e exploração de petróleo, mas também teria consequências climáticas para o mundo todo, a começar pelo aumento do nível dos mares.
Os autores do estudo, da Universidade de Washington, em Seattle, desenvolveram um modelo para estimar a espessura do gelo no oceano Ártico com base em medições dos ventos e da temperatura atmosférica e oceânica. Os resultados foram comparados com amostras reais.
"O fato realmente preocupante é a tendência de redução nos últimos 32 anos", disse Axel Schweiger, principal autor do estudo, referindo-se aos registros por satélite do Ártico. A redução em 2010, segundo o estudo intitulado "Incerteza no volume de gelo marinho do Ártico estimado por modelos", foi "por uma margem suficiente para estabelecer um novo recorde estatisticamente significativo".
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Fonte: Terra da Gente
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Tales Kraemer (@taleskraemer)
@ClickSaoLeo
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