Inovação – Papel filme muda de cor se o alimento estiver estragado

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Nem sempre a data de validade é a garantia de um alimento ainda fresco ou comestível e, muitas vezes, o mau armazenamento encurta muito a data prevista. Essa incerteza, somada ao escândalo ocorrido na Alemanha envolvendo carne estragada, deixou os consumidores inseguros quanto aos alimentos como carne e peixe. Nesse cenário, surge o mais novo controle de qualidade desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Fraunhofer para Tecnologias de Estado Sólido Modular EMFT em Munique: um sensor em forma de papel filme que, através da mudança de cor, avisa imediatamente se o alimento está estragado. Essa inovação é patrocinada pelo Ministério Federal de Pesquisa e Educação da Alemanha.

 

O sensor responde a aminas biogênicas, que são as moléculas produzidas durante a decomposição e também aquelas responsáveis pelo odor desagradável dos alimentos estragados. Portanto, a inovação não é só interessante por detectar produtos não comestíveis, mas também por alertar pessoas que são alérgicas a essas aminas. Outra vantagem é que o sistema de sensor em filme é barato e pode ser produzido em grande escala, ao contrário dos sensores eletrônicos que são caros e até de outras soluções que muitas vezes não atendem os padrões elevados de segurança alimentar. Isso porque esses outros sensores entram em contato com o alimento, enquanto o sensor por filme analisa apenas aminas gasosas, é o que explica a doutora Anna Hezinger, cientista do EMFT.

 

image

 

O funcionamento do sensor é bem simples: ele é colocado na embalagem em que estão os alimentos e verifica a existência de aminas biogênicas no ar. Então, se uma certa concentração de aminas é identificada, o sensor indica claramente no filme uma mudança de cor: de amarelo para azul. Esse é o alerta de que o alimento já está em decomposição. "Ao contrário do prazo de validade, as informações no filme do sensor não são baseadas em uma estimativa, mas em um controle real do alimento em si", afirma Hezinger.

 

Cientistas do Instituto Fraunhofer estão trabalhando em um método de medição com um sensor de filme embutido que seriam empregados nos produtos ainda nas indústrias de alimentos. Assim, a verificação da frescura dos alimentos é mais precisa. A Dra. Anna Hezinger e sua equipe estão atualmente à procura de parceiros na indústria, com os quais possam desenvolver e produzir o filme do sensor e método de medição.

 

__________

 

Redação Click São Léo

Fraunhofer EMFT

 

__________

 

Evelise Schenatto (@eveschenatto)

@ClickSaoLeo

0 comentários:

Postar um comentário

O Click São Léo agradece seu comentário.