#E-você? – Liberdade, até onde vai?

domingo, 19 de setembro de 2010

É impossível redigir um texto sem colocar meu ponto de vista. Querendo ou não, preciso expressar um pouco de minha revolta com o mundo atual. É triste demais ver que as pessoas andam confundindo liberdade com libertinagem. Visto que Libertinagem é o uso da liberdade sem o bom senso, parece liberdade, mas é ao contrario por auto se contrariar, não é difícil saber os limites de ser livre. A liberdade de uma pessoa deve acabar onde começa o direito de outra pessoa, assim sendo, não devem expôr tudo o que tem vontade não. Mas quando expõem, os outros tem direito de não olharem e não aceitarem. Porém, isso não os dá direito de julgar, discriminar ou violentar. Na atualidade canso de ver coisas absurdas acontecendo, e não por eu acreditar em Deus que considero tudo isso um absurdo, mas porque realmente é crítica a situação. Lendo as notícias vi que a Lady Gaga está fazendo um CURSO PARA CASAR GAYS, ou seja, ela se acha no direito diante de Deus de realizar casamentos gays? Última PLAYBOY, Larissa Riquelme posa nua em 3D. Querem mais profundidades e intimidades do que já era mostrado? Socorro! O mundo pede por socorro! Negros recebendo cotas, gays recebendo leis de proteção: NÃO SÃO ANIMAIS, NÃO SÃO DIFERENTES!

Se queremos ser iguais, devemos agir como iguais. Por que não existe cotas para brancos? Proteção para heterossexuais? As eleições virando um CIRCO, o povo brasileiro tendo que ler: PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA, o que estamos querendo para o nosso país? É absurdamente inaceitável que tudo continue desta maneira. Nós que somos jovens temos o dever de conscientizar mais as pessoas sobre os limites de tudo. Eu não tenho pré-conceito, mas diante deste mundo, desses absurdos, ainda ouço pessoas dizendo que mulher é vulgar quando fala de sexo. Minha última matéria rendeu comentários, mas principalmente julgamentos quanto ao que eu escrevi. Era uma matéria, eram palavras, eram informações para conscientizar e ajudar os jovens que muitas vezes não conseguem ajuda dentro de suas casas. Estão julgando um ato tão tolo, mas e o resto que acontece? Ninguém vê? Ninguém comenta? As pessoas querem liberdade e igualdade, mas esquecem de agir correto para receber as tais.

 

ENTREVISTA COM Ícaro Walbrohel, 16 anos, Porto Alegre – RS.

É perceptível tantos absurdos acontecendo no Brasil e no mundo, o que é mais absurdo no teu ponto de vista? Por quê?
Í- Sim, tem muitos absurdos no Brasil hoje em dia, principalmente na política, tem tantos escândalos que já não dá pra lembrar dos que aconteceram ano passado, por exemplo.
Falando em política, foi criada a Lei de Cotas para negros. Você acha justo isso?
Í- Não, não acho justo os negros terem essa vantagem, acho que todos temos que ser tratados iguais, não importa a cor.
Você se sente discriminado com isso e outras coisas? Quais? Por quê?
Í- Me sinto discriminado com isso e pelo fato de que se tu chama alguém de "negão" a pessoa pode se ofender, mas se alguém te chama de "alemão" é normal.
E quanto às opções sexuais, vulgaridades, um mundo voltado ao sexo e libertinagem. O que você acha disso?
Í- Acho que todo mundo tem que ter liberdade pra escolher a opção sexual, e cada um faz o que quiser.
E o que é liberdade para você?
Í- Liberdade é poder tomar tuas próprias escolhas, sem ninguém pra te impedir.
Mas a liberdade não deveria ir até onde você atinge o direito da outra pessoa? Se ninguém te impede significa que as pessoas concordam com tudo que você faz?
Í- Não, mas tendo liberdade tu tem que saber que tudo tem consequências, quando tu começa a invadir o espaço de alguém tu vai sofrer as consequências.

O mundo da maneira que está hoje, com tantos absurdos, não seria consequência de as pessoas se sentirem livres para tudo?
Í- Acho que sim, mas acho que a maior culpa é dos pais, que quando os filhos fazem alguma coisa de errado fingem que não veem pra não se incomodar. E isso é o que mais acontece hoje em dia.
Realmente, é uma preocupação os pais que estão dando liberdade aos filhos e fingem que não vêem os rumos. É um dos motivos pelo qual os jovens acabam conversando sobre drogas, sexo e outros assuntos com amigos ou conhecidos. Você também acaba conversando sobre esses assuntos com outras pessoas?
Í- Eu converso isso tanto com a minha família, quanto com meus amigos, mas falar dessas coisas em casa é muito tenso, é sempre o mesmo discurso, e às vezes um amigo teu te dá conselhos melhores que a tua mãe, por estar mais atualizado. Por exemplo, sobre drogas.
Tem meninas(os) que falam sobre sexo ou drogas com os amigos e são vistas(os) com 'maus olhos'. Muitas pessoas acabam enxergando isso de uma maneira vulgar. Você não vê esse julgamento como outro tipo de pré-conceito?
Í- É, eu vejo isso como um pré-conceito.

 

ENTREVISTA COM Jonathan William Dominguez Aguirre, 18 anos, São Leopoldo

Diante de tantas comédias/absurdos vistos nos últimos anos, o que mais te revolta?
J- O que mais me revolta no geral é ver que as pessoas não mudam diante de tantos erros. 
O que seriam esses erros pra você?
J- Pessoas sem um objetivo na vida, se voltando para o lado das drogas, corrupção, etc.. 
Mas tantas campanhas são feitas contra as drogas diante da facilidade do tráfico por aqui e as pessoas continuam usando. O que você acha que falta?
J- O que falta na minha opinião é o usuário saber que isso não leva a nada e querer ajudar a si próprio.
As pessoas costumam usar drogas por influência, mas principalmente porque estão revoltadas com o mundo. Concorda com isso?
J- Não concordo com a afirmação. Pra mim as pessoas não costumam usar drogas por influência. Geralmente uma pessoa usuária não oferece drogas a outra que não usa. E nem costumam usar por estarem revoltadas com o mundo, acho que essas pessoas entram no caminho das drogas porque querem experimentar. Eu, por exemplo, sou revoltado com o mundo, a grande maioria dos meus amigos são usuários, mas não é por isso que vou usar drogas.
Concordo, mas então muitos usam como 'desculpa' suas revoltas com o mundo e com a vida pra usarem drogas. Eu acho que as pessoas se revoltam porque todo mundo está tomando liberdade de fazer o que quer sem se preocupar com seu próximo. Concorda ou discorda?
J- Concordo, acho que "liberdade" é uma coisa boa, mas para quem sabe seus limites.
E quais são os limites?
J- Usar sua "liberdade" visando o bem de todos.
As pessoas acham que têm muita liberdade com as outras e acabam julgando seus atos. O que você acha desse tipo de pessoa? (Que acha que tem liberdade, sem te conhecer, de dizer o que pensa pra você)
J- Acho que é legal uma pessoa dialogar com outra que não conhece e impor seus pensamentos. Mas não julgar outra pessoa, acho que ninguém tem o direito de fazer isso.

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Luana Taís Nyland
@luanataisofc
@Click_SaoLeo

1 comentários:

Paula Pulz disse...

Nossa adorei o tema desse post.. mto bom!!!
Parabéns Luana...

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